quinta-feira, 18 de outubro de 2012


O LIVRO PERDIDO

A Feira do Livro 2012 sobre o chavariz da Praça.
 

Faz tempo que a grande literatura parece ter deixado de existir. Há a pequena literatura, de grande vendagem, misto  de misticismo e autoajuda. Paulo Coelho é seu  principal profeta.. Há ainda os bestselllers (cada vez mais raros) do qual Dan Brown é o mestre. E, por fim os ghost writers dos quais os Gasparetos são os papas. Reparem como a Feira é inglesa!

E há muitos autores que procuram um lugar ao sol, que brotam como cogumelos no outono (lembram-se de Gladstone Marsico?). Esses proliferam na literatura infantil. Bem, foi um desses livros que minha irmã e eu fomos procurar na Feira. A  busca começou nas bancas das livrarias. Nelas nos avisaram que a literatura infantil havia sido expurgada das bancas, ficando restrita ao outro lado (assim nos foi dito).  Fomos ao outro lado da Feira. Passamos de banca em banca, procurando o livro, que fora lançado no domingo anterior. Nenhuma das atendentes sabia dar notícia dele. Uma das caixeiras chegou apontar para o vazio, dizendo “Aí é o lançamento”. (Como se o livro fosse um OVNI). Só que estávamos procurando o livro e não o local de onde fora lançado.

Por fim cansada minha irmã foi se informar junto à organização da Feira. Disseram então (assim aprendemos mais uma coisa) que o nome do autor não tem a menor importância. Só o nome da editora importa, pois só por ele seria possível encontrar o livro. Então, minha irmã mostrou que no programa da Feira não constava a editora. Então se deu o livro por perdido, não havendo o que fazer.  Missing na Feira.

Lembrei-me de Michel Foucault sobre o que escreve sobre a autoria e de como essa é questão recente no Mundo Ocidental. Tão recente que não chegou á Caxias.

 Então (bem informada,) fui procurar um livro da EDUCS (já que eu conhecia o nome da editora) achei o livro, mas por preço abusivo. Pedi ao atendente porque o livro era tão caro.(R$50,00) Ele me informou que haviam sido feitos apenas 100 exemplares, segundo ele a edição reduzida seria parte da política da UCS. Fiquei admirada, será uma nova lei do mercado livreiro?

Como se pode constatar a Feira é local para ver o que ocorre em relação aos livros. Enfim, o que se publica e o que se vende. Mais do que isso ajuda a e entender como está a produção e consumo do livro, artigo em eterna recessão.. Não há como negar a Feira do Livro é antes de tudo um aprendizado!  

 Por fim, algumas perguntas: Não seria necessário repensar a questão da autoria? Não seria o caso de informatizar a Feira? Ou é muito cedo?

Loraine Slomp Giron

Twitter: loslomp  Blog: http://historiadaqui.blogspot.com.br/

 

 

 

 

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