quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

DETESTO FESTAS!



Ainda bem que as festas acabaram!  Detesto festas! Sei de pessoas que pensam como eu. O escritor Gabriel García Marquez que pensava exatamente como eu. Diz ele:“ Se tem uma coisa que detesto nesse mundo são as festas obrigatórias em que as pessoas choram porque estão alegres,os fogos de artifício,as musiquinhas chochas,as grinaldas de papel de seda que nada tem a ver com um menino que nasceu há dois mil anos  num estábulo indigente.”
Detesto as festas não apenas as festas de Natal ou de Ano Novo, são as festas em geral. Nas quais somos obrigados a fingir que estamos contentes, vendo gente que não se tem vontade de ver e comemorando coisas que na verdade não merecem ser celebradas. Por acaso existe festa mais inútil que os aniversários? Por que comemorar um evento do qual participamos apenas como problema? O que fizemos nós para nascer? Nada absolutamente nada. Se alguém pudesse comemorar  seriam nossos pais, se tivessem  ficado contentes com nosso nascimento.O que nem sempre é verdadeiro.Tenho certeza que  em geral, os filhos nem sempre são o que os pais esperam deles.Não por culpa deles,mas da   expectativa paterna.
 Enfim o que festejar? Se dependesse de mim, nada. Mas eu não sou a medida do mundo. Assim as festas continuam ocorrendo.As maiores são os  casamentos (para os ricos), cada vez mais sofisticadas,como  verdadeiras superproduções   de Hollywood,em seus tempos de gloria.Festas grandiosas onde se esbanja dinheiro . Em pouco tempo, geralmente, os casamentos resultam em separação. Pode haver  coisa mais inútil ? Para entender o significado das festas,, basta procurar os provérbios, eles sintetizam o pensamento de um grupo em determinado tempo. “Cito alguns “Quem vai à festa, três dias não presta;” “Para o louco, todos os dias são de festa;” A festa passa o pobre gasta.” Os provérbios revelam coisas interessantes, entre as quais, que as festas são caras, passageiras e cansativas. È preciso dizer mais? Os provérbios são sábios!
Talvez o mais sábio pensamento sobre festas seja o de John Lennon, quando afirma: “O mundo é como uma festa em que entramos sem sermos convidados, e depois, saímos sem nos despedirmos.” È possível às festas sejam mesmo metáforas da vida. Feitas de alegrias passageiras e de mágoas duradouras. Por fim fico com um sábio da Internet, (na qual surgem filósofos com o cogumelos no outono) diz ele: ”Eu gosto tanto de festas, quanto um ateu de um culto”. Pois bem, é assim mesmo que eu gosto de festas.
Loraine Slomp Giron Historiadora


           





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