Ainda
bem que as festas acabaram! Detesto
festas! Sei de pessoas que pensam como eu. O escritor Gabriel García Marquez
que pensava exatamente como eu. Diz ele:“ Se tem uma coisa que detesto nesse
mundo são as festas obrigatórias em que as pessoas choram porque estão
alegres,os fogos de artifício,as musiquinhas chochas,as grinaldas de papel de
seda que nada tem a ver com um menino que nasceu há dois mil anos num estábulo indigente.”
Detesto
as festas não apenas as festas de Natal ou de Ano Novo, são as festas em geral.
Nas quais somos obrigados a fingir que estamos contentes, vendo gente que não
se tem vontade de ver e comemorando coisas que na verdade não merecem ser celebradas.
Por acaso existe festa mais inútil que os aniversários? Por que comemorar um
evento do qual participamos apenas como problema? O que fizemos nós para
nascer? Nada absolutamente nada. Se alguém pudesse comemorar seriam nossos pais, se tivessem ficado contentes com nosso nascimento.O que
nem sempre é verdadeiro.Tenho certeza que em geral, os filhos nem sempre são o que os
pais esperam deles.Não por culpa deles,mas da expectativa paterna.
Enfim o que festejar? Se dependesse de mim,
nada. Mas eu não sou a medida do mundo. Assim as festas continuam ocorrendo.As
maiores são os casamentos (para os
ricos), cada vez mais sofisticadas,como
verdadeiras superproduções de
Hollywood,em seus tempos de gloria.Festas grandiosas onde se esbanja dinheiro .
Em pouco tempo, geralmente, os casamentos resultam em separação. Pode
haver coisa mais inútil ? Para entender o significado das
festas,, basta procurar os provérbios, eles sintetizam o pensamento de um grupo
em determinado tempo. “Cito alguns “Quem vai à festa, três dias não presta;”
“Para o louco, todos os dias são de festa;” A festa passa o pobre gasta.” Os
provérbios revelam coisas interessantes, entre as quais, que as festas são
caras, passageiras e cansativas. È preciso dizer mais? Os provérbios são
sábios!
Talvez o mais sábio pensamento sobre festas seja o de John Lennon,
quando afirma: “O mundo é como uma festa em que entramos sem sermos convidados,
e depois, saímos sem nos despedirmos.” È possível às festas sejam mesmo
metáforas da vida. Feitas de alegrias passageiras e de mágoas duradouras. Por
fim fico com um sábio da Internet, (na qual
surgem filósofos com o cogumelos no outono) diz ele: ”Eu gosto tanto de festas,
quanto um ateu de um culto”. Pois bem, é assim mesmo que eu gosto de festas.
Loraine Slomp Giron Historiadora
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