O temporal ocorrido em Porto Alegre no último dia 29 ,sesta
feira , fez lembrar a força da natureza e de como os homens são frágeis diante de seu
poder. Bastam alguns instantes, caem arvores, afundam-se barcos e alagam-se
ruas e acabam a eletricidade e a água, sem a qual é impossível viver.
A vida do homem na terra tem sido uma luta constante. Luta
contra a natureza, e luta contra os próprios homens. Ela é tão superior a ele que nem as leis e os
mecanismos que a regem são por eles conhecidos. O homem tem conseguido vencer
algumas de suas forças, como a da gravidade, com a construção de espaçonaves, mas
de forma geral está ainda a mercê das forças naturais.
Durante milênios o pensamento humano tem se voltado para questões éticas e de
conhecimento e pouco para as questões da natureza. Entre a ética e a ciência giram todos os
problemas da filosofia,poucos filósofos pensaram as relações entre homem e
natureza,entre eles Aristóteles, Rossseau e Engels. Afinal gostando ou não homem
é apenas uma pequena parcela dela. É um primata
que inventou o fogo ,aprendendo andar sobre duas patas e que de repente passou a se considerar o rei da
criação.A diferença entre o homem e os outros animais parece ser mais a vaidade
do que a sabedoria.Esquecido dos instintos primitivos ,não tem conseguido se
inserir como parte da natureza.Por mera vaidade se considera superior a ela.
Enquanto sua vaidade cresce também cresce também o seu número . Uma das questões fundamentais da
humanidade, além da degradação da natureza tem sido o aumento abusivo da população. Um problema que
nunca é citado, a redução da população, tema proibido, ligado está a questões religiosas altamente discutíveis.
Por causa delas o número de homens está passando dos limites estabelecidos pela
natureza.
O homem vive a crise da destruição do meio ambiente por
ele realizada, mais por ganância do que
por necessidade.Sem levar em conta o meio em que vive, está aos poucos se auto destruindo.A Terra está próxima do colapso, pois só tardiamente os problemas da ecologia e dos ecossistemas começaram a ser
pensados. Como diz Aristóteles a natureza não faz
nada em vão, e na medida em que ela é exterminada também o homem entra no sinal
vermelho do extermínio.
A natureza tem vencido
todas as batalhas, regida por forças externas e
superiores ao homem. Parece
inevitável que mais cedo ou mais tarde também o
homem seja por ela dizimado. Como Rousseau afirma: ”A natureza nunca nos engana; somos sempre nós que nos
enganamos.” Por sua vez Goethe reafirma “A natureza é o único livro que oferece
um conteúdo valioso em todas as suas folhas.” Pena que o homem tenha
permanecido analfabeto, incapaz até agora
de ler o mais precioso dos livros,o da Natureza.
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