sábado, 28 de setembro de 2013

GOVERNADORES DO RIO GRANDE








Na República Velha (1889-1930) o Rio Grande do Sul era aficionado em reeleições, nada menos do que cinco vezes reelegeu Borges de Medeiros. Nada mais corrupto e antidemocrático que aquelas malfadadas eleições. Ano após ano Assis Brasil tentava se eleger e nada. Creio que houve um enjoo geral de reeleições para governador. Após o  doloroso período da ditadura (1964-1988) onde eram nomeados governadores, ao arrepio da democracia, recomeçaram as eleições diretas. Com a Constituição de 1988  chegaram as esperadas  eleições diretas .Desde então nenhum governador foi reeleito.
Em compensação os representantes gaúchos no Senado parecem ter sido eleitos de forma vitalícia. Sem renovação!Não é porque os senadores sejam maravilhosos ao contrário, há os que ocupam cadeiras para dormir. Aliás, eu gostaria que o Senado fosse extinto seria uma grande economia, pois não vejo nele grande valor democrático. Uma só Câmara seria suficiente, tornaria mais rápidas as decisões legislativas.
Os nossos governadores não tem sido extraordinários. Há os péssimos como o invencível como o pai dos pedágios. Há os medíocres (a maioria) e os nocivos, esses foram os responsáveis pelas privatizações, que dilapidaram o tesouro do Estado.De uma forma geral são provenientes das classes privilegiadas e ou são por elas sustentados .Mas há os originais. O mais original de todos (em todos os tempos) foi penalizado pela sua ação em relação ao pedágio (mão dupla), afastado (e desiludido) da política partidária teve atitudes muito parecidas com o Papa Francisco, outro simples. Pode não ter sido o maior dos governadores, mas como ser humano é o mais apreciável. Sem esquecer o que diz Leonardo da Vinci “A simplicidade é o último grau da sofisticação,” eu diria que é “o mais elevado grau da sabedoria”.
O Rio Grande já experimentou de tudo elegeu desde afrodescendente à mulher. O que mais me irrita é o esquecimento dos malfeitos e das boas obras. Com o passar do tempo cria-se uma espécie de véu que esconde a verdadeira face  dos antigos governantes. Há os covardes, um deles   tratado como reserva moral, durante a ditadura quando tinha de tomar uma posição decisiva , internava-se em clínicas. Dizia-se doente do  coração. Hoje com mais de oitenta anos continua na ativa. Com uma saúde de ferro! Outro apaixonado era mandado pela mulher ,dizia-se que dela apanhava.
O Rio Grande teve como governador o  mais sagaz dos homens :Getúlio Vargas .Não sei se ele teria sido reeleito! Uma coisa é certa, nem sempre o governador eleito é melhor do que o não reeleito, fica claro que se trata de não reeleger e não de eleger o melhor ,apenas uma obtusidade política!


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