Acabei
de ler o mais extraordinários dos livros. É Anatomia de um assassinato, de
Philip Shenon,que merece ser lido. Trata da história de como a Comissão Warren
foi enganada pela CIA e pelo FBI, e de como está mal contado assassinato de
J.F. Kennedy. Pelo livro se fica sabendo que houve uma conspiração sim, e que o
responsável pelo assassinato ( de forma indireta) teria sido seu Bob Kennedy, como reação as suas tentativas (frustradas) de assassinar Fidel Castro e outros líderes socialistas. Bob
apresenta no livro face diversa da oficial. O mesmo ocorre com Lee Oswald do
qual apresenta outro lado, um desequilibrado sim, mas com uma missão, faltando
pouco para ser herói.
Quatro
presidentes dos Estados Unidos foram assassinados, estando no cargo: Lincoln
(1865), Garfield (1881), Mckinley (1901) e Kennedy (196)3. Todos abatidos por tiros,
com armas de fogo Não há como negar que a morte de um presidente é algo
chocante e emocionante. Imaginem quatro. È de pensar como deve ficar o
imaginário dos presidentes eleitos e de seus eleitores.
No
Brasil nunca foram mortos presidentes enquanto ocupavam os cargos, e até hoje,
se supunha nem depois. O assassinato de
dois presidentes em poucos meses, se comprovados muda essa posição. Segundo o
que divulgou o sub-relatório da Comissão da Verdade Vladimir Herzog, da Câmara Municipal
de São Paulo, Juscelino Kusbischeck de Oliveira teria sido assassinado. Pois, seu motorista Geraldo Ribeiro teria levado um
tiro na cabeça , provocando o acidente que o vitimou em 22 de agosto de 1976.
Agora a Câmara exige retificação da causa da morte de JK, de acidente para
assassinato.
Investiga-se
agora a morte de Jango. O seu assassinato (se confirmado) , o de JK e o de
Carlos Lacerda estariam relacionados com a DINA (Diretoria de Inteligência
Nacional), com o apoio técnico da CIA (Agencia
Central de Inteligência) dos Estados Unidos. Eis uma bela colaboração
multinacional!Afinal ,essa parece ser uma das especialidades norte-americanas. Tal
fato mudaria a história do Brasil.
O
que espanta mais do que as mortes violentas é o tempo que levaram para serem
descobertas as suas causas. Afinal desde
1976 correm boatos da conspiração e dos assassinatos dos líderes da Frente
Ampla, criada em 1966.
Não há outra semelhança entre os ter líderes mortos (ou
assassinados?) do que a busca da liberdade política. Cada um tinha posições
políticas diversas: um desenvolvimentista, outro populista, e um reacionário. Incontestável também era a sua liderança,
enquanto estivessem vivos representariam
as bandeiras de mudanças do regime de 64
com um retorno à democracia. Enfim, um
verdadeiro perigo!Assim, segundo os
revolucionários, mereciam morrer.E assim
foi feito!
Loraine Slomp Giron
Historiadora
Nenhum comentário:
Postar um comentário