Alguns brasileiros odeiam os governos populares, ainda que democráticos. Para eles Maduro(Chaves),Lula(Dilma) e Morales são enviados do demônio. A extrema direita e os ignorantes de forma geral sentem saudades de governos fortes e antipopulares. São os viúvos da ditadura.Não sabem o que significa a ausência de liberdade. Só o fanatismo pode desculpar tal desejo. A democracia é frágil ,como toda a invenção humana. Mas não adianta matar o santo, por não gostar de seu traje.
Nos
movimentos ocorridos neste ano, nas principais cidades do país a ação da
polícia foi calma e profissional. Nem prendeu os bandidos transmudados em manifestantes.
Lembro-me de outras manifestações, em tempos de opressão, quando pessoas foram
mortas ou presas como bandidos, quando eram simples manifestantes.
Até
o ar muda com a democracia, fica mais leve. Não importa o partido político que
governe, basta que tenha sido eleito, isso já é um fato maravilhoso. Não penso como Jorge Luis Borges para o qual “A democracia
é um erro estatístico, porque na democracia decide a maioria e a maioria é
formada de imbecis.” Acredito que erro estatístico
é quando um só imbecil governa todos os outros com mão de ferro.
Houve uma
ditadura ‘esclarecida’ no Brasil, com alguns luminares ocupando o poder. Um
deles afirmou “Se eu ganhasse salário mínimo eu me mataria.” Resposta dada à
pergunta de uma criança de escola.Grande
exemplo.Em outra ocasião afirmou em
cadeia nacional preferir o cheiro do cavalo ao do povo. Enfim, coisas de
ditadores! Naqueles tempos mais se
aplaudia do que se criticava, era o tempo dos adoradores dos chefes. Da mesma
forma não houve reclamações quando foi votada a lei Nº 6683, de 28 de agosto de
1979, a chamada de Lei da Anistia A Lei é um dos últimos presentes de grego do
regime militar. Pois, anistiou tanto carrascos como vitimas. Há muitos restos da ditadura que ainda não foram removidos.
Agora é fácil falar
em mudar a Lei, mas, quando foi promulgada muitos a louvaram. Depois de 34 anos
a maioria dos algozes e de seus feitores estão mortos. Claro, sempre se podem
condenar os mortos, em memória. Afinal, quem se lembra deles? Qual seria mesmo
seu castigo? Presos post mortem? O
presente dificilmente resolve os problemas do passado.
No caso da
anistia, o Brasil perdeu para a Argentina, tanto em tempo quanto em conteúdo.Lá os torturadores e seus mandantes
foram julgados e punidos ,aqui se
aposentaram e morreram em paz.Lá os governantes foram presos, aqui viraram nomes de escolas.Belo exemplo para as
crianças,o de homenagear tiranos. Outro
grande exemplo!
Se a mudança da
Lei levar o mesmo tempo que levou para pensar em sua mudança poderá ser mudada
nos próximos setenta anos. Então não restará nem a lembrança da ditadura. Quem
vai saber? Ou, talvez haja então uma nova (?) ditadura para agradar os
saudosistas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário