sábado, 21 de maio de 2016

ADMIRÁVEL GADO NOVO


         





A situação política atual faz lembrar uma música de João Ramalho, de 1980, dos velhos tempos da ditadura (agora são os novos tempos), cujo refrão é “Povo marcado, ê ê Povo feliz, ela fala da submissão do brasileiro”.  Infelizmente é exatamente assim que vive o povo! Sem reclamações nem revoltas. Tiram-lhe a Presidente e o que se vê são as alegrias da traição. Isto não é de hoje, vem de muito longe, dos tempos dos caciques e dos tempos da escravidão.. O povo não se revolta nem mesmo quando seus direitos de voto (os únicos que tem) lhes são roubados.
            A música continua: ”Os automóveis ouvem a notícia, os homens a publicam no jornal (...). Demoram-se na beira da estrada  e passam a contar o que sobrou.” E o que sobrou? Aquilo que a noticia deu não exatamente a verdade.. O povo não escuta ,nem vê apenas repete o que as noticias dizem.  Uma pena!
            Mas há um segmento da população que não pensa e nem age assim, são os estudantes. Em geral desprezados nas analises sociológicas e até pela história. Foram eles os mártires da democracia durante a Gloriosa, foram eles pegaram em armas e foi para as ruas gritar pela democracia. Nós os mais velhos podemos contar com o passado, mas é deles o futuro.
            Milhares de lideranças jovens nasceram cresceram e foram mortas durante a Ditadura, muitas das que sobraram venderam-se ao poder, com todos seus acessórios: corrupção, comodismo, consumismo entre outros. Hoje alguns deles ocupam governos e apoiam os golpes mais degradantes, mas em compensação treinam a juventude na revolta.
            A beleza do antigo PT, em seus tempos áureos foi a de dar voz aos estudantes e a juventude. Era a jovem militância que levava às ruas sua coragem a suas bandeiras vermelhas e estreladas. Faz tempo ( 16 anos exatamente) que ao mudar de lado ele  esqueceu de seus jovens , que fugiram para outros sóis mais resplandecentes.
            Poucos se dão conta, que os governos de direita (como o PSBD em São Paulo) tem feito ótimo trabalho na orientação dos jovens e ao futuro político do Brasil. Ao bater nos estudantes eles insuflam a revolta, demarcam com ódio suas ações e destroem seu próprio futuro. Bater na juventude é tarefa da direita A direita brasileira treina os jovens para novas posições políticas  de esquerda, que podem  não ser tão suaves quanto as da estrela , tão  favorável aos diálogos impossíveis entre o capital e o trabalho.
A música de Zé Ramalho trás a marca do futuro quando diz

Vocês que fazem parte dessa massa
Que pensa nos projetos do futuro

É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber.·.

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