A situação
política atual faz lembrar uma música de João Ramalho, de 1980, dos velhos
tempos da ditadura (agora são os novos tempos), cujo refrão é “Povo marcado, ê ê Povo feliz, ela fala da submissão do brasileiro”. Infelizmente é exatamente assim que vive o povo!
Sem reclamações nem revoltas. Tiram-lhe a Presidente e o que se vê são as
alegrias da traição. Isto não é de hoje, vem de muito longe, dos tempos dos
caciques e dos tempos da escravidão.. O povo não se revolta nem mesmo quando
seus direitos de voto (os únicos que tem) lhes são roubados.
A
música continua: ”Os automóveis ouvem a notícia, os
homens a publicam no jornal (...).
Demoram-se na beira da estrada
e passam a contar o que sobrou.” E o que sobrou?
Aquilo que a noticia deu não exatamente a verdade.. O povo não escuta ,nem vê
apenas repete o que as noticias dizem. Uma pena!
Mas há um segmento da
população que não pensa e nem age assim, são os estudantes. Em geral
desprezados nas analises sociológicas e até pela história. Foram eles os
mártires da democracia durante a Gloriosa, foram eles pegaram em armas e foi para
as ruas gritar pela democracia. Nós os mais velhos podemos contar com o passado,
mas é deles o futuro.
Milhares de lideranças
jovens nasceram cresceram e foram mortas durante a Ditadura, muitas das que
sobraram venderam-se ao poder, com todos seus acessórios: corrupção, comodismo,
consumismo entre outros. Hoje alguns deles ocupam governos e apoiam os golpes
mais degradantes, mas em compensação treinam a juventude na revolta.
A beleza do antigo PT, em
seus tempos áureos foi a de dar voz aos estudantes e a juventude. Era a jovem
militância que levava às ruas sua coragem a suas bandeiras vermelhas e
estreladas. Faz tempo ( 16 anos exatamente) que ao mudar de lado ele esqueceu de seus jovens , que fugiram para
outros sóis mais resplandecentes.
Poucos se dão conta, que
os governos de direita (como o PSBD em São Paulo) tem feito ótimo trabalho na
orientação dos jovens e ao futuro político do Brasil. Ao bater nos estudantes
eles insuflam a revolta, demarcam com ódio suas ações e destroem seu próprio futuro.
Bater na juventude é tarefa da direita A direita brasileira treina os jovens
para novas posições políticas de
esquerda, que podem não ser tão suaves
quanto as da estrela , tão favorável aos
diálogos impossíveis entre o capital e o trabalho.
A música de Zé Ramalho trás a marca do futuro quando diz
Vocês que
fazem parte dessa massa
Que pensa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber.·.
Que pensa nos projetos do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais do que receber.·.
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