Com o correio da manhã chegou à surpresa, o aviso de um débito. Se o pagamento não fosse feito em cinco dias haveria a rescisão do contrato e o encaminhamento do meu nome ao SPC e ao Serasa. É justo, quando se deve, se pague. O caso ganha outra feição quando não há nem fatura nem dívida.
Havia no aviso (ou ameaça?) um número. Liguei para informar do problema,não pude explicar direito, pois, eu não entendia exatamente qual era.Descobri ( nem fui eu foi meu neto) depois de passar por 17 atendentes que era um serviço( grátis? )de uma empresa de telefone fixo, que disponibilizava um número de celular com o respectivo cartão. Antes de concluir a história devo salientar que odeio celulares, da mesma forma que odeio cartões de crédito. Meu ódio tem motivos, ambos fornecem formas de controle sobre os indivíduos, nesse século do mais completo e total controle.Não há período mais invasivo.Basta verificar o que é a Internet e o que os Estados Unidos usufruem com as informações nela produzidas e existentes. Somos reféns da tecnologia. A grande maioria nem se dá conta disso. Gostaria de destacar que no mundo atual não existe nada grátis, não se paga a água e a terra que são de todos? Tudo é pago, só que muitas vezes não se conhece qual a forma de pagamento. Só falta cobrarem pelo sol e pela luz natural.
Voltando ao celular gratuito. Um dia recebi um telefonema muito simpático de um robô (se não era parecia) afirmando da economia que eu teria se optasse por um novo plano total B. Como me pareceu racional, aceitei. Ledo engano! Não era o que me foi proposto, mas um serviço acrescido àquele que eu já possuía, e não a troca do já existente, por um melhor. Não foram enviadas as faturas. O motivo? Para poder cobrar juros sobre o atraso, das faturas não pagas, posto que não recebidas. Para não entrar no Serasa a única solução é quitar o débito ainda que indevido. Pelo telefone indicaram o procedimento de como pagar. Claro que estava errado! Nem pagar foi fácil, já que foi necessário passar por três lojas e um banco. Para inicio de conversa tive de conseguir uma segunda via, da primeira via que não existiu. Se existiu (vamos dar o crédito da dúvida!)não foi enviada .No mundo de enganos em que vivemos ser enganado faz parte do cotidiano. Sempre há quem enganar e em matéria de engano o comércio de celulares ganha todas as palmas. Estou aqui para confirmar. Ser lesado pelo e no sistema em que se vive tornou-se natural, paga-se pelas mercadorias preços astronômicos, para logo serem colocadas em liquidação pela metade do preço.
Como bem diz Machiavel “São tão simples os homens e obedecem tanto às necessidades presentes, que quem engana encontrará sempre alguém que se deixa enganar.” E isso já acontecia no século XVI. Basta verificar quantos contos do vigário existem hoje. E os direitos do consumidor existem? Nós os eternos enganados, sabemos que não.
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