Os
homens sempre adoraram ídolos, basta ler a Bíblia onde são amaldiçoados. Moisés
teve que enfrentar a idolatria quando trazia as tábuas da lei. Hoje os ídolos
populares são outros, artistas e jogadores. Os artistas em geral são de cinema ou de televisão e os jogadores os de
futebol .Hoje o ídolo do Brasil é Neymar. Muitos outros já o foram como Romário,
Ronaldinho, Garrincha e Pelé, o maior de deles. Em geral são pessoas incultas e
pobres envolvidos pelo turbilhão da fama a do dinheiro. Claro que houve outros
como o Sócrates e Tostão que eram cultos, mas são raras exceções.
Garrincha
torto no campo e na vida foi ídolo por pouco tempo. Suas ações e atitudes eram
impensadas, tão ingênuas quanto o mais simples dos brasileiros. Teve seus
momentos de glória e de miséria. Sua glória foi proveniente de suas pernas
tortas e de sua mente original. Destino o ingrato
de Garrincha! Teve um triste fim como o de Sócrates.
Pelé
foi o maior jogador do mundo, tendo recebido o
título de Atleta do Século, e o
de Jogador de Futebol do Século XX.
Tornou-se o símbolo do Brasil o mais conhecido (até hoje) dos brasileiros,
alias como Maradona. Durante sua vida teve tido atitudes levianas. Sendo tão
famoso deveria ter cuidado com suas palavras e ações. Como a negação e o esquecimento de seus filhos
jogados a esmo no mundo. Netos que movem contra ele processo na Justiça alegando ausência de
assistência moral e financeira. Só reconhecendo uma de suas filhas pela força
do DNA. Disse ele: ''Para mim, biologicamente, ela pode até ser minha filha.
Mas, na parte sentimental, não posso me preocupar com essa pessoa, porque não a
conheço'‘. É asquerosa tal declaração.
Uma de seus ditos durante a ditadura (que
defendeu) ficou famoso “os brasileiros não devem votar, porque não sabem”. Mas
o mais sério (quem se lembra?) foi a declaração certidão de nascimento de sua
filha Kelly Cristina (publicada pela revista O Cruzeiro) registrada como branca.
Há algo de muito grave em
negar a própria origem, pois consiste em desconhecer a própria identidade. Mas
tem mais ele separa partes inseparáveis: Pele de Edson. Como se fossem duas
pessoas distintas. Ele não é o único a fazer essa dissociação. Outros famosos
também o fizeram. O caso mais conhecido é o de Rita Hayworth, que afirmou que
os homens dormiam com Gilda (seu papel mais marcante) e acordavam com Rita. A
mesma dissociação feita por Marilyn
Monroe separando Marilyn de Norma Jean. Problemas sérios de identidade,
passíveis de tratamento.
Tanto artistas como atletas
tem seu período de fama curto e fugaz. Há muitos que buscam a fama de outro
jeito. Como selfieis na internet ou
como os assassinos de outros famosos. Os
seres humanos são curiosos. Enquanto alguns não conseguem lidar com a fama
outros a buscam desesperadamente expondo-se do modo mais degradante no mundo
virtual. Sem querer pregar moral (cada um que cuide da sua) a fama gera
tragédias. Como a de Bruno que passou de ídolo da torcida do Flamengo a
criminoso. Enfim como afirma o velho provérbio latino ‘, sic transit gloria mundi, (no mundo a glória é passageira) em
compensação o esquecimento é eterno.
Loraine Slomp Giron
Historiadora.
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