sábado, 3 de maio de 2014

PRIVACIDADE


         Banco de Imagem - olhos, tecnologia, robô, partes corpo, computadores, circuito, partes. Fotosearch - Busca de Fotografias, Impressões, Imagens, e Fotos Clip Art


   Tanto a terra quanto os homens tem história. A história é uma função da passagem do tempo. Se o tempo não passasse não haveria nem finitude e morte, pois a história é resultado de nossa finitude. Assim o que é eterno não tem história pois vive num presente eterno.Assim  vive Deus e os deuses!
Na história há fases de liberalidade de costumes e de extremo puritanismo. Há períodos de privacidade e de vida pública. Até o termo mulheres públicas serviu durante muito tempo para designar as prostitutas, que também foram chamadas de mulheres de vida fácil. Mas as mulheres públicas na Antiguidade Greco romana gozavam de privilégios que as mulheres privadas não possuíam, podiam conviver com os homens e sair nas ruas desacompanhadas, aprender a ler e a tocar música. As mulheres ditas direitas não tinham tais direitos, vivendo trancadas em jaulas domésticas chamadas de gineceu. Para as mães de família havia a privacidade, para as hetairas a vida pública. 
Os romanos não eram recatados, faziam orgias públicas, sem qualquer conotação de culto, ao contrário dos gregos que deixavam sua privacidade apenas em festas e em ritos religiosos. Era uma época de vida de pouca privacidade. Durante a Idade Média o mundo virou algo diferente,onde a religião católica  imperava sobre todos. O povo inculto ainda vivia de modo público, fornicando e fazendo suas necessidades na frente dos outros, mas não os nobres. Na época das monarquias absolutas a licenciosidade era para os mais ricos, para os mais pobres havia a Inquisição. As mulheres passaram a ser consideradas bruxas e queimadas em praça pública. Quem se lembra do martelo das bruxas, inventado em pleno renascimento?

Infelizmente, aquele mundo privado que interage com o mundo público dos equipamentos eletrônicos está perdido para sempre. A privacidade morreu diz Castells.. O controle sobre os celulares e sobre os computadores invadiu todos os recônditos da vida privada. Os selfies (aqueles que se postam sempre no faces da vida) vivem a vida para outros, não para si mesmos. A realidade virtual tem ultrapassado as maiores expectativas do homem.  De certa forma o mundo da Internet é a síntese imaterial do mundo real. Há apenas um senão, o mundo real pouco invadiu nossos pensamentos e não leu nossos textos antes de sua publicação. O mundo real é (apesar do controle das câmaras que vigiam cada passo e da cobrança do Estado) menos invasivo que o virtual. Será que um dia voltará a vida privada?Mas como diz um grafite cuja imagem está copiada na internet: ”A vida privada é privada de que”?  Respondo eu" È privada apenas da privacidade.”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário